A diferença entre os clubes de Série A e as equipes do Interior só aumenta. Inter e Grêmio são exemplos deste fenômeno no futebol brasileiro. O Criciúma vem mostrando que há soluções, mas é um fenômeno municipal, como vários em Santa Catarina, que não consegue consolidar forças regionais, como prova: o declínio de Avaí e Figueirense.
As torcidas dos clubes de massa cresceram demais, e isso acontece inclusive no Estado de São Paulo. O Santos, que agora caiu, vai sofrer por não estar na metrópole paulistana. Palmeiras, Corinthians e o São Paulo, o chamado "trio de ferro", acrescentam torcedores em proporções geométricas. Com o passar dos anos e das temporadas, tudo isso junto foi aumentando o fosso.
Aqui no Rio Grande do Sul também ocorre esse fenômeno. Lembram que tinhamos Inter-SM com timaços? A rivalidade Gre-Nal consumiu tudo. Fazer futebol no Interior é complicado atualmente. Quase impossível.
Daí dois fatos a se admirar em Santa Catarina e RS: Criciúma e Juventude.
A ascensão para a Série A do Campeonato Brasileiro em meio a essa diferença que vem aumentando drasticamente enquanto o tempo passa, mostra a força que o Criciúma e o Ju tiveram em 2023. Eles erguem a bandeira do futebol do Interior do Brasil. Não deixam a chama apagar apensar da ventania que vem das capitais dos grandes estados. Se permanecerem na primeira divisão do Brasileiro em 2024 será motivo para a torcida sair comemorando nas ruas.