Nunca vi nada igual em minhas cinco Copas. Estamos no Catar, no deserto. É inverno aqui, mas ainda é Catar. E calor. Mas dentro do Lusail Stadium, onde o Brasil estreia na Copa contra a Sérvia, é um frio do cão.
A promessa de super ar-condicionado se cumpriu. É como se fosse Gauchão no Alfredo Jaconi ou Centenário. Jatos de vento te gelam. Ainda bem que trouxe casaco.
Será assim quando as 88.966 mil pessoas estiveram no estádio. Não tão frio, pelo acúmulo de pessoas, mas levando-se em conta que o jogo é à noite (22h aqui no Oriente Médio), quente não será. Dá para ouvir o barulho dos motores despejando as lufas de ar frio. E olha que a cobertura retrátil nem fechou ainda.
O Lusail é belíssimo. Valoriza a sustentabilidade. Tem um telhado feito de um material que protege o local do vento quente, filtra a poeira e permite que o gramado cresça, fornecendo sombra para reduzir a carga sobre o ar-condicionado.
É o maior dos oito construídos para uma Copa que custou R$ 1 trilhão. Fica a 15 quilômetros do centro de Doha, numa cidade construída só para ele.
A final do dia 18 de dezembro será daqui. Que o Brasil esteja nela. Com o aconchego do frio de Gramado.