Não poderia haver estimulo natural melhor para um jogo decisivo como o de quinta, contra o Melgar, o primeiro dos cinco que podem dar ao Inter o título da Sul-Americana. O Atlético-MG é o atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil, candidato a ganhar tudo este ano. Então fazer 3 a 0 neste adversário é algo incontestável. De quebra, volta ao G-6 do Brasileirão.
O primeiro tempo do Inter, no qual construiu o 3 a 0 e ainda perdeu uma quarta chance, foi infinitamente melhor. O Galo, com Vargas no lugar de Nacho, foi superior na segunda etapa, mas só até Mano Menezes devolver o gás ao time, trocando Wanderson por PH e Mauricio (atuação de cinema) por Johnny.
Quando Estêvão veio na vaga de Edenilson, o Inter até poderia ter feito mais no contra-ataque. Com Renê, Wanderson (ambos do mesmo lado, esquerdo) e Bustos voltando de lesão, naturalmente o Inter se encolheu. O fez até demais, mas aí Daniel brilhou com algumas defesas de puro reflexo.
O Inter conseguiu: chegou ao Melgar sem desgarrar do bloco de cima no Brasileiro. Além do mais, tem a vacina do fiasco que foi a ida contra o Colo-Colo. Nem sempre haverá remontada épica no Beira-Rio. Então, a vacina está dada. O show contra o Galo tem menos chance de virar soberba por isso.
ALEMÃO E CIA
Um aspecto positivo para os mata-mata da Sul-Americana são as opções. Mauricio ressurgiu. Ou surgiu. Bustos voltou muito bem. Wanderson, especialmente este, até cansar mostrou que é titular pelo repertório mais amplo em relação a PH, arma excelente de banco, assim como Estêvão.
Sem preconceito, é preciso dizer que Alemão fez outro jogo de alto nível. Segurou a bola na frente, ajudou na pressão alta e vai mostrando drible e alguma velocidade pelos lados, apesar do corpanzil. Participou de dois gols. Titular absoluto.