Dadas as circunstâncias após a expulsão infantil de Alemão, deixando o time com um a menos na altitude, fora de casa, durante meia-hora, o empate em 0 a 0 foi ótimo. Pragmático. Se mesmo jogando pouco não perde, isso é mata-mata, duelo de Copa. Copeiro. Empate copeiro.
O Melgar finalizou muito, mas usando e abusando do volume e da bola aérea, sem técnica. Em finalizações certas, 11 a 2 para o Melgar.
Só que as chances mais claras foram estas duas do Inter, com Wanderson e Edenilson. O Melgar é valente e organizado, porém limitado. Sua vida se resume a servir o centroavante Bernardo Cuesta a partir dos ponteiros. Nada diferente do que este colunista escreveu. Muita bola aérea, de onde fosse possível, sem repertório. Mas vale advertir: no primeiro tempo, um pouco só de eficiência e o Melgar faria gol de cabeça.
O Inter deu espaço demais na marcação. Esse foi o seu pecado, talvez potencializado pela altitude. Não encurtou e não tirou espaços em momento algum. Dava para ver o peito arfante dos jogadores no ar seco. Mano pedia calma, para respirar e correr menos. Nem sombra daquele Inter que patrolou o Galo no Beira-Rio. Mesmo nesse cenário, Edenilson teve a bola para decidir na cara do goleiro, em um contra-ataque no qual Alan Patrick o serviu.