Venceu. Ok. Era o que precisava. Entrou temporariamente no G-4. O Grêmio não veio para a Série B pensando em título. A vitória sobre o Sampaio Corrêa por 2 a 0 cumpriu seus objetivos. O que ainda assusta é a dependência de Diego Souza, autor dos dois gols, um de pênalti.
O Grêmio cria quase nada por baixo. Venceu com um gol de volume, bola parada. E se o zagueiro do Sampaio não é guarda de trânsito, de braços abertos, no lance do pênalti? A questão é uma só. Atrás, ótimo. Com três zagueiros, não toma gol tem sete partidas. Mas na outra parte do jogo, a da construção, é um mar de incapacidade.
Não há quem ordene a posse de bola. Não há drible. O Grêmio segue criando só no volume, dependente de Diego Souza. Depois do 1 a 0, recuou linhas. A posse de bola bateu em 70%, mas recuou até 56%. Apostou no contra-ataque quase pelo receio de jogar e errar passe. Nunca abriu mão dos três zagueiros. O Sampaio crescia no jogo. Ameaçava na chamada bola vadia, mesmo inofensivo. Trata-se do pior visitante da Série B.
A questão é: com Diego Souza fazendo sete dos 11 gols do Grêmio na Série B, como será sem ele contra adversários fracos como o Sampaio? Estou me convencendo DE que será assim até o fim. Resiliência, mais se protegendo do que criando, sofrendo e contando com a paciência da torcida, que desta vez fez a sua parte.