O Inter não sabe administrar jogo. Seu elenco, há anos, é de transição rápida, e não de cadência e posse de bola. Por isso Ramírez e Medina fracassaram tão terrivelmente, enquanto Odair Hellmann e Abel Braga estiveram a um passo de títulos. O Inter pressiona, empilha chances e sai na frente de Corinthians e Atlético-GO, tanto faz, mas não sustenta 95 minutos quarta e domingo.
Quando tem de se defender um pouquinho só com a bola, na cadência do samba, se atrapalha. Perde a posse com a defesa saindo e desarrumada, correndo para trás. É um desafio e tanto para Mano: executar soluções diversas para adversários diferentes, às vezes dentro de um mesmo jogo. Um xadrez que exigirá novas peças no tabuleiro. Estêvão pode ser uma delas.