A ótima vitória sobre o Fluminense, por 4 a 2, é a segunda seguida no Brasileirão — uma façanha para este Inter em 2021, que evidencia uma constatação. O Colorado de Diego Aguirre acionou o modo Abel Braga. Já foi assim na goleada sobre o Flamengo.
Um time com menos posse de bola (41% no Beira-Rio, neste domingo), mas sempre pronto a partir em contra-ataque. E com volúpia: são oito gols em duas rodadas somando o quatrilho no Flamengo.
Aguirre manteve Dourado e Lindoso. Funcionou porque o Fluminense não ficou lá atrás. Veio para o jogo. Deu espaço, permitindo a Edenilson e Taison — muito bem, armando com inteligência e acelerando sozinho com verticalidade — pensarem cada lance. Edenilson — duas vezes, o nome do jogo —, Yuri Alberto e Paolo Guerrero anotaram os gols.
O Inter reencontrou a sua identidade, e ela não é diferente daquela que quase ergueu taça em 2020: o modo Abelão. E com direito a salto na tabela, alcançando o nono lugar.
O elenco do Inter não sabe ser um time de muitos passes e posse de bola, cozinhando o adversário. Funciona no contra-ataque ou na transição rápida, pela característica de seus jogadores.