
Se era jogo ao menos para adquirir confiança no Brasileirão, não rolou. É até curioso, pois tudo ia muito bem, com o Grêmio surpreendentemente enfrentando o Flamengo. Isso até Isla ser expulso no finzinho do primeiro tempo. O que era para levar o Tricolor ao paraíso o fez descer ao inferno com requintes de humilhação. Renato liquidou Felipão de lavada na estratégia.
Ele organizou melhor o Flamengo com um jogador a menos. Felipão, ao contrário, bagunçou o time a partir do primeiro gol. Abriu o meio-campo, facilitando a vida de Renato. Não é empilhando atacantes que se ataca com lucidez, e o Grêmio fez isso. Mesmo em desvantagem numérica, o Flamengo passeou. Fez 4 a 0 e poderia ter goleado por mais, entrando na área feito futsal.
O jogo foi movimentado. Logo cedo, Douglas Costa e Bruno Henrique se lesionam, dando lugar a volta de Ferreira e a Michael. Depois, com a expulsão de Isla, no finzinho do primeiro tempo, Renato faz as duas linhas de quatro sacrificando Arrascaeta e Diego, colocando Thiago Maia e Não lateral-direito Matheuzinho. Felipão só arriscou, com um a mais, depois de levar o gol de Bruno Vianna, numa falha incrível da defesa, especialmente Rafinha.
O técnico tirou Lucas Silva, recuou Villasanti e estreou o colombiano Campaz. Depois, Diego Souza e Luiz Fernando nos lugares de Thiago Santos e Alisson. As mexidas pioraram ainda mais o Grêmio, que entregou o meio para um Flamengo de um jeito alarmante. A certa altura, lembrei do 7 a 1. Solitário, o paraguaio Villasanti foi massacrado na marcação. Detalhe: o Grêmio apanhou do Flamengo operário, sem Bruno Henrique, Diego e Arrascaeta. E com Thiago Maia, Rodinei, Matheuzinho, Gustavo Henrique e Michael. A desculpa do Flamengo cheio de estrelas e poderoso não se encaixa.
Melhor mesmo o Grêmio focar no Brasileirão, pensando no Corinthians e na saída do Z-4. A Copa do Brasil já era.