O momento, de fato, é o mais apropriado para uma rebelião. Nunca a CBF esteve tão por baixo, pelo menos aos olhos do público. Internamente, claro, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero, mesmo banidos por corrupção, dão das cartas e sabem pressionar na hora certa. Mas a figura de Rogério Caboclo é fraca, sem empatia e, para completar, investigada por assédio sexual e moral. Se os clubes não conseguirem se impor agora, nunca mais.
Defendo, há anos, que o único jeito de o futebol brasileiro dar um salto é uma liga nacional organizada por eles mesmos, com CEO e executivos pensando em todas as pontas do negócios, inclusive calendário. É o que aconteceu na Europa. Temos de copiar o que é bom.
Em reunião, os clubes prometeram dar esse passo, que teve como embrião o Clube dos 13, mas nunca foi adiante. A entidade morreu por isso, aliás.
Torcerei muito pela liga independente, mas duvido que saia do papel. Sempre apareceu um para roer a corda. Normalmente é o Flamengo, como na Primeira Liga. As questões paroquiais sempre impedem a união de fato.
Movimentos assim exigem grandeza, mas chega na hora de as decisões serem tomadas ninguém abre mão de nada. Morre tudo na ganância em torno das cotas. De tanto crer em promessas e dar com os burros n'água, perdi o encanto.
Aguardemos.