Não digo que foi igual, mas lembrou o gol de Van Persie, da Holanda, contra a Espanha, na Copa de 2014. Ferreirinha fez uma bucha deste quilate no segundo gol sobre o Brasil-Pel, estreia azul do Grêmio no Gauchão, ao encobrir o goleiro de cabeça, aparando lançamento longo de Piñares. Um lance para liquidar com a bobagem de que ele só vai bem entrando no segundo tempo.
Se nunca tem chance desde o início, como saber? Foi um lance para garantir sua escalação contra o Palmeiras, na final da Copa do Brasil. Outro que se escalou foi o lateral-direito Vanderson, com força para marcar e arrojo na frente. Uma vitória de 4 a 1 definida em 30 minutos, para depois administrar em ritmo de treino. O Grêmio precisa ser diferente no Allianz Parque se quiser reverter a desvantagem do primeiro jogo, e pela milésima vez a base se oferece para salvar a pátria.
O Xavante não é o Palmeiras, mas Ferreirinha (sua expulsão deve servir de alerta, mas não muda o fato de ter sido decisivo) e Vanderson deram aos gremistas o direito ao sonho. Sabe o porquê? Porque eles vestem o figurino da chance de ser diferente. Só falta agora Renato escalá-los. É a voz ao campo.