Tudo bem que Sport abriu o placar meio sem querer. Patric tentou o passe para o meio da área, mas a bola acabou tomando o rumo do ângulo de Vanderlei. Só que isso foi bem no começo do jogo. E contra o lanterna, cheio de problemas financeiros e salários atrasados.
O Grêmio teve tempo de sobra para se recuperar, e não conseguiu. Rodou passes, bateu 74% de posse de bola e 35 finalizações. Mas muito disso no volume, sem a lucidez que sempre marcou os times de Renato. O goleiro inimigo não foi milagreiro. Mais eficiente, no contra-ataque, valendo-se da desorganização do Tricolor, que se abriu no segundo tempo, o Sport fez 2 a 1 e matou o jogo.
É difícil entender as razões pela insistência em Thiago Neves. Mais uma vez ele jogou, e desta vez desde o começo. E mais uma vez a rotação do meio-campo caiu. Paulo Nunes, comentarista do SporTV, surpreendeu-se quando ele saiu, na etapa final, dando lugar a Isaque. Achou que ele nem estivesse em campo, de tão ausente.
As mexidas de Renato tentaram resolver os reflexos desse problema original. Jean Pyerre (reserva?) entrou no lugar do amarelado Lucas Silva antes do intervalo. O inoperante Thiago Neves saiu só muito depois. Everton virou lateral no intervalo, para Pepê entrar mesmo com dores, no lugar de Bruno Cortez. Foi dele o gol azul.
As 55 bolas erguidas para a área pelo Grêmio, segundo o Footstats, uma espécie de que balonismo futebol clube, mostram que algo não está bem, para além da falta que Maicon faz. E não é só imperícia dos atacantes no mundo pós-Cebolinha.