O epílogo do tricampeonato gaúcho do Grêmio não foram os duelos contra o Caxias, e sim, os Gre-Nais. O seu mérito em 2020 está em ganhar três vezes do maior rival em uma única edição. É raro acontecer. Por isso o título é justo apesar da derrota na volta da final, para o Caxias. Além de perder por 2 a 1 na Arena e terminar o jogo dando balão e com linha de cinco atrás (três zagueiros), o Grêmio fracassou três vezes em quatro jogos contra o Caxias.
Só que o seu grande rival é o Inter, esse é o ponto, com todo o respeito pelo que fez o incrível Caxias de Rafael Lacerda. Há 33 anos o Grêmio não era tri. Desde Foguinho, em 1958, um técnico não liderava o time em três taças seguidas. Isso é história pura, certo? No jogo em si, as ausências de Maicon e Matheus Henrique demoliram o meio-campo tricolor, pois Darlan e Lucas Silva foram mal. Bastou o Caxias marcar Jean Pyerre para se adonar das ações e virar o duelo para 2 a 1 mesmo após sair atrás aos 14 do primeiro tempo, passando bravamente por cima de desfalques e ausência de ritmo.
Diego Souza foi o craque do campeonato, sem dúvida. O veterano Maicon ainda é essencial. Everton chegou e já se credenciou como atacante. A espinha dorsal é a mesma, mas o Grêmio de 2020 é bem diferente do ano passado. Começar uma caminhada com título não é nada mau.