À frente dos negócios estratégicos do Inter, João Pedro Lamana Paiva não cruzou os braços esperando o coronavírus passar. Ele finaliza detalhes de uma pesquisa entre os colorados para, a partir dos dados recolhidos, estruturar a sua ideia: uma arrecadação entre os sócios para financiar o começo das obras do CT de Guaíba. O projeto de lei do governador Eduardo Leite, dando a posse da área ao clube, foi aprovado. A Prefeitura de Guaíba emitiu a escritura. As licenças ambientais estão ok. É só construir. Mas e o dinheiro? Lamana calcula um fluxo de R$ 2 milhões mensais para as obras do CT, através de parcelas extras entre R$ 20 e R$ 50 dos sócios que aderirem. Fácil, não é.
Se a pandemia tornou façanha manter pagamentos em dia, que dirá garantir acréscimo na mensalidade capaz de bancar ao menos a primeira fase do projeto, com campos e estrutura mínima para treinos. A base de 125 mil sócios, variável para cima ou para baixo conforme o momento, tem se mantido relativamente estável durante a covid-19. A pesquisa medirá a viabilidade da campanha de arrecadação, que é o plano A.
O plano B é buscar investidores ou disputar recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, previstos no orçamento da União. Além dos profissionais, também a gurizada iria para a divisa de Guaíba e Eldorado, na Estrada do Conde, margem oposta ao rio, em linha reta com o Beira-Rio. O CT de Guaíba é o salto do Inter rumo ao futuro.