Primeiro, um elogio ao time reserva do Grêmio. Entrou contra um Athletico-PR com vários titulares como se fosse decisão. E tinha de ser assim, pelo atraso na tabela. Além da vitória por 2 a 1, a primeira em cinco jogos no Brasileirão, a grande notícia vem do vestibular de Renato. Ele escalou Pepê, Luan, Luciano e Tardelli, todas alternativas de ataque para terça-feira, contra o Palmeiras, quando será preciso reverter a derrota de 1 a 0 na Arena.
Destes, o que teve mais regularidade em bom nível foi Tardelli. Ele até perdeu um pênalti no segundo tempo, mas nem por isso teve sua atuação interessada e disciplinada para marcar deslustrada. Pareceu até com mais força para o corpo a corpo. Movimentou-se por todos os lados e na faixa central. Claramente, tentou fazer do jogo o seu passaporte no lugar de André. Ele disse isso ao fim da partida, inclusive.
Luan também foi bem. Não tanto quanto Tardelli. Oscilou. Marcou um belo gol logo no início. Depois caiu de rendimento. Voltou a ter lampejos na segunda etapa. Foi muito melhor do que em tantas outras vezes, esse ano. Pepê teve sempre a velocidade ao seu dispor. Quando puxa o contra-ataque, é impossível detê-lo.
Mas ainda lhe falta a lucidez no último instante, especialmente no passe. Luciano lutou muito, mas tecnicamente deu tudo errado para ele. Tanto que Patrick entra em seu lugar e, imediatamente, sofre o pênalti. De novo, incendiou o Grêmio vindo do banco.
O melhor em campo foi Thaciano. Deu passe no gol de Luan e fez o seu de cabeça. Antes, teve uma finalização dentro da área, milagre de Santos. Uma vitória essencial e justa do Grêmio. E que, para terça-feira, contra o Palmeiras, oferece um Tardelli claramente disposto a ser aquele jogador que muda o time de patamar.