Na retomada dos treinos, Renato quis observar um time do Grêmio com, do meio para frente: Maicon, Matheus Henrique, Alisson, Jean Pyerre, Tardelli e Luan. Obviamente, quando Everton voltar, sai Alisson. Faz bem o técnico do Grêmio em analisar este quarteto adiante de seus volantes apoiadores. É uma composição nível Seleção. Lembro de Tite, sobre Maicon: se ele tivesse um punhado de anos a menos, teria feito parte do projeto Rússia. A pergunta clássica, ainda com aquele viés antigo, segundo o qual volante só defende e atacante só ataca, ainda surge: quem marca? Na Copa América, o Brasil não levou gol mesmo com Everton, Coutinho, Gabriel Jesus e Firmino, um quatrilho vocacionado para o ataque. Se houver disciplina tática para ajudar sem a bola, como se faz no mundo todo, sem problemas. Vale o Grêmio experimentar.
MEDIDA EXTREMA - Sei que há questões contratuais envolvidas para o uso do estádio, por parte da Arena Porto Alegrense. Mas se a chuva e o acúmulo de jogos (Chile e Peru se enfrentam amanhã, cinco dias após Brasil e Paraguai) deixarem o gramado impraticável, não seria o caso de uma atitude radical? O Grêmio jogaria uma ou duas partidas pelo Brasileirão no Centenário, para “descansar” o campo, em benefício dos mata-matas. O estilo do Grêmio de Renato é bola no chão e toques rápidos. É o mais prejudicado. Fogo amigo clássico. Se a bola ficar saltitante em vez de rolar, como jogar de primeira?