Curiosos os desafios de Grêmio e Inter para entrarem mais competitivos nos mata-matas, tanto de Libertadores quanto Copa do Brasil. São trilhas opostas na hora de promover os ajustes de time, por assim dizer.
O Inter, após consolidar a defesa com a retomada dos três volantes (ou meio-campistas com forte poder de marcação), agora move peças e esquema tático para melhorar o repertório de transição e ataque, a partir do uso regular de D'Alessandro, Sarrafiore, Nonato e Sobis.
O Grêmio segue fazendo gols, mas passou a marcar menos coletivamente, sobretudo no meio-campo. A instabilidade (ou "dar mole") que Renato tenta corrigir nasce aí. Por isso levou tantos gols na Libertadores (mudou o time para se classificar) e também na largada do Brasileirão.
O empate sem gols com o Corinthians já mostrou um Grêmio mais forte e diminuindo espaços do adversário, comparado ao jogos contra Santos, Fluminense e Avaí. Mais agressivo na pegada, como era antes, especialmente nas duas últimas temporadas.
A questão, nos dois casos, é encontrar o equilíbrio entre atacar e defender. É não vestir um santo e desnudar o outro.