Não é verdade que Paolo Guerrero, 34 anos, terá o contrato cancelado ou perderá salários caso caia a liminar que o liberou da suspensão por doping, detectado em exame após o jogo entre Peru e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Fui atrás dessa informação durante o Sala de Redação, no ar enquanto o craque peruano era apresentado no Beira-Rio. Este aspecto do contrato não ficou totalmente claro durante sua apresentação.
Quando o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), com sede na Suíça, o liberou até novo julgamento, permitindo-o ir à Rússia, ele tinha cumprido seis meses. Faltariam oito, portanto, se a pena for retomada em algum momento.
Nesse caso, o Inter fica desobrigado de pagar-lhe até a pendenga judicial ser resolvida. Detalhe: o vínculo de três anos permanece, com o clube tendo a opção de, se quiser, prorrogá-lo, acrescentando os meses nos quais o jogador ficou sem jogar e receber.
Inter e Guerrero entraram em um consenso que me parece inteligente, com as duas partes cedendo para dar segurança tanto ao clube quanto ao jogador. É fato que o peruano ficou magoado com a maneira como o Flamengo agiu quando saiu a sua punição por doping. Não fosse a federação peruana abraçar a causa sozinha, ele não teria ido a Copa por meio de liminar, o que aumentou sua chance de, em um novo julgamento, ser declarado inocente.