As ausências de Geromel e até de Maicon não preocupam o Grêmio. Bressan já não é mais vilão. No lugar de Maicon, em um emblema do momento mágico em azul, entraria Arthur. Não houve o gol qualificado na Arena. O Grêmio só perde a vaga à semifinal se o Inter assinar algum episódio entre épico e lendário. Neste caso, seria um clássico de virar a gangorra.
Impossível, não é. Só a morte não tem volta. Mas é improvável. Odair Hellmann tem desfalques severos. Necessita de gols, mas não tem quem os faça. Seu ataque está fora de combate: William Pottker e Leandro Damião. Klaus, que se afirmava para conter Cortez e Everton, não se recuperou. Seus substitutos, quaisquer um, não se firmam. Na frente, Marcinho, Nico López, Roger. Na zaga, Rodrigo Moledo.
O Grêmio tentará levar o jogo em banho-maria. Possui um estilo envolvente na troca de passes que é naturalmente praticado pelos jogadores, mas não há razão para tirar o pai da forca, ainda mais pensando na temporada longa e a classificação bem encaminhada. O Inter, se pensar em devolver a goleada, cometerá suicídio. D'Alessandro tem razão.
O certo é pensar, antes de tudo, em vencer com equilíbrio, usando cabeça fria e sabendo das próprias limitações. Se o fizer por meio a zero, alcançará um objetivo importante. Para o Grêmio, este Gre-Nal incomum vale título. Se chancelar a eliminação do Inter na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, pela qualidade em relação ao Interior, a taça do Gauchão é virtualmente sua. A última já vai longe. Foi em 2010.