Na véspera do Gre-Nal que decidirá vaga na semifinal do Gauchão, D'Alessandro fez críticas a conselheiros do clube. O incômodo do argentino é pelo que tem escutado na mídia a respeito do grupo que lidera.
Na entrevista coletiva desta terça-feira (20), o capitão colorado falava já havia alguns minutos sobre o grande empenho que o time terá para derrotar o rival. Até que, de repente, iniciou:
— Agora eu vou falar um pouquinho. O ano político, já vivi isso no clube, é muito complicado. Quando a política se envolve muito no futebol, o futebol fica chato e feio. Por quê? Porque começam a aparecer soluções fora. Aparecem no rádio, na TV e dizem que a solução é isso e aquilo. "Este não pode jogar, não presta". Mas muitos que falam hoje, eu trabalhei (junto) aqui. Sentei do lado com alguns conselheiros e não tinham a mínima condição de discutir comigo uma formação tática ou de discutir futebol. Eles não tinham. Então ouço e parece que sabem tudo hoje, e parece que os caras que acordam 6h30min, 7h30min, trabalhando, batalhando, querem derrubar o clube. Fico impressionado. Por que não fez antes? Teve a oportunidade de estar dentro do clube. Falo porque trabalhei com vários deles.
Convidado a citar nomes, no entanto, D'Alessandro se negou a isso. Mas seguiu com um tom forte no discurso ao revelar problemas de 2017:
— Conselheiro apoiar no momento bom é a coisa mais fácil que tem. Mas apoiar, mesmo sendo do grupo político diferente... Ele quer o Inter de que maneira? De que maneira gosta do clube? Conhece o CT? Conhece o problema do ano passado, que treinamos sem luz e sem água? Eu deixo no ar para eles. Se quiserem conhecer, abro a porta. Não sou eu quem deve abrir a porta, é o presidente. Mas no vestiário, se quiserem, podem passar. Mas não venham colocar pilha no torcedor porque não é assim.