A novela da contratação de um desejo do Grêmio desde os tempos de Roger Machado é muito crônica anunciada. Estava na cara que o presidente Romildo Bolzan ganhava tempo, aproveitando-se do grupo fácil da Libertadores, no qual tanto faz se for Jael ou Cícero.
Ele foi habilidoso. Cozinhou em banho-maria um Sport de cofres raspados, forçando-o a baixar o preço. Deu as cartas durante toda a negociação. Pagará R$ 10 milhões, mais em relação à última pedida pernambucana, bem menos em relação à oferta inicial.
Por fim, o acordo sai no dia em que surge a notícia do adiantamento do Barcelona pelo volante Arthur, algo ao redor de R$ 20 milhões, já que o resto virá em julho se o Barça exercer a opção de compra. Ao todo, a ida de Arthur para o Barça envolverá 40 milhões de euros, sendo 30 milhões em três vezes e 10 milhões que podem ser buscados conforme o desempenho do próprio jogador no Camp Nou.
Saiu o dinheiro lá, como espécie de sinal pela opção de compra?
Fechado com o centroavante aqui.
Em tempo: só acredito vendo, tantos foram os capítulos desta novela.
Se, com Renato Portaluppi de técnico, André jogar a metade do que já jogou um dia, o ataque do Grêmio será melhor do que o campeão da Libertadores. Aguardemos o seu rendimento no campo. De qualquer maneira, não recordo de tamanha obsessão por um centroavante como esta do Grêmio por André, novela que está terminando com final feliz para o clube.