Não foi da maneira mais luminosa. Foi com um empate sem gols contra o Oeste, na improvável Barueri, levando sufoco no finzinho e até com direito a alguma cera técnica. Talvez houvesse até menos constrangimento na hora de comemorar a volta à Série A se Carlos não tivesse perdido um gol incrível no último lance.
A atuação passou longe de ser boa. O time parecia mais aceso, chegando antes em todas as divididas, algo que não aconteceu nas últimas partidas.
Odair Hellmann conseguiu, ao menos, mobilizar os jogadores para encarar a Batalha de Barueri sem constrangimento. Manteve o 4-1-4-1 de Guto Ferreira com os mesmos jogadores, apenas sem os desfalques.
Rodrigo Dourado merece um voto de reconhecimento. Mesmo na hora ruim, quando o passe não entrou, ele pediu a bola e lutou bravamente. Caiu e subiu, assim como Danilo Fernandes. Não se entra na história só na glória, mas também na dor, com honradez.
Página virada, há muito a fazer. O grupo é fraco. A Série B não serviu, para o Inter, de primeiro passo rumo a reestruturação. Será preciso recomeçar. Talvez, diante do caos herdado pela gestão anterior, com salários atrasados e terra arrasada, não fosse mesmo possível muito mais.
Há muito o que fazer para não sofrer de novo na Série A de 2018. O foco deve ser, com extremas dificuldades financeiras, já que não vende um grande jogador há bastante tempo para fazer caixa, não virar um ioiô.
O Inter não pode virar um Vasco, que nos últimos anos cai e sobe sem que nada de substancial aconteça no clube para devolver a instituição ao seu lugar habitual de grandeza. Mãos à obra, Inter.