O jogo estava morno, com público e renda abaixo do esperado. Culpa do frio e do ingresso caro. Isso até os 17 do segundo tempo, quando Philippe Coutinho entrou no lugar de Renato Augusto, por dentro. A velocidade aumentou demais. O time ficou agudo, um raio. E a Arena teve meia hora de show. Não que antes o time estivesse mal. Criou algumas chances, quatro claras, com Paulinho (por baixo) e Gabriel Jesus (de cabeça e arremate) e Wilian (rente à trave).
Já classificada, a Seleção parecia um tanto enfarada antes de Coutinho. Um inoperante Equador se fechava feito ostra, às vezes triplicando a marcação em Neymar. Que esbanjou o talento de sempre, mas exagerou no individualismo. O gol de Paulinho, após cobrança de escanteio, veio logo após a substituição. Aí virou treino. O segundo gol, de Coutinho, é de vinheta. Gancho dele por cima, balãozinho e assistência, dentro da área, de Gabriel Jesus. Golaço. Casemiro deu um show de cobertura e interceptação no 4-1-4-1. Alisson só fez intervenções. William, pela beirada, foi bem. Mas o cara que mudou o jogo assim que tocou na bola tem nome: Philippe Coutinho. Se o número 1 do Brasil é Neymar, o 2 é Philippe Coutinho.
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Luan
Eram 38 do segundo tempo quando Tite atendeu a torcida na Arena, que pedia Luan. Um justo agrado do técnico, com o jogo ganho. No lugar de Willian, Errou um passe, não se abateu, acertou outros dois liderando contragolpe. Correu, recompôs, apresentou-se. Estreia promissora.