Não há imagem disponível para comprovar, mas Elton foi para os microfones de imediato, indicando ter a verdade ao seu lado. Sua manifestação é convincente. O argentino demorou a falar, e isso pegou mal.
Ficou parecendo que, antes, esperou para ver se havia registro de câmera. Fez pronunciamento nesta quarta-feira, negando tudo sem abrir espaço para perguntas que ajudassem a esclarecer.
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É a palavra de um contra o outro, enfim. Antônio Carlos Zago, pelo Juventude, foi condenado no episódio contra Geovânio. Lá tinha prova em vídeo, mas não importa: se ficar provado de outra maneira, Victor Cuesta merece (ou não) gancho.
Seria um desfalque para o Inter, já que o argentino é, de longe, o melhor zagueiro do Beira-Rio.
Dados alarmantes
O gaúcho Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, está alarmado com o avanço das denúncias. Com a de Elton, do Ceará, contra Victor Cuesta, do Inter, a conta deste ano vai a 31 – em apenas seis meses.
Já passou, de longe, as 25 (19 em estádios e 6 em redes sociais) de 2016. São números "alarmantes", segundo ele. O Observatório monitora, na medida do possível, a quantidade de denúncias que chega à imprensa.
Com certeza, há muito mais. Não há como fiscalizar um país continental como o Brasil. Marcelo entende que as campanhas educativas diminuíram. Daí o aumento dos casos de injúria. Racismo é crime.