Após a divulgação nacional do resultado do inquérito do STJD contra o Inter, vale fazer o contraponto. O clube contratou nomes de peso em sua defesa no Caso Victor Ramos.
O responsável pela análise linguística é o Carlos Moreno, mestre em Língua Portuguesa pela UFRGS, doutor em Letras pela PUC e autor de vários livros sobre o idioma.
Dois especialistas internacionais em documentoscopia (José Henrique Rodriguez e Oto Henrique Rodrigues) dizem que o relatório não apresenta provas técnicas de falsificação.
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O nome mais famoso da defesa é Miguel Real Jr., jurista, professor de Direito Penal da USP e autor da peça jurídica que resultou no impeachment de Dilma Rousseff. Ele explica e fundamenta o que é preciso para existir, de fato, uma acusação de falsidade, do ponto de vista criminal.
Todos eles, em seus pareceres, afirmam:
1) As conversas compiladas não sofreram alteração de conteúdo em nenhum ponto da troca de e-mails.
2) As perícias do STJD que apontaram adulteração nas trocas de e-mails não cumpriram normas básicas de averiguação.
É o outro lado da moeda, a versão colorada.
Enfim.
A Procuradoria do STJD denunciará o Inter nos próximos dias, mas ainda não sabe quais punições pedirá, se exclusão do campeonato, multa ou proibição de contratar jogadores por tempo determinado. Ou outra pena qualquer.