Em uma só noite, D'Alessandro reparou boa parte da imagem fustigada por declarações fora do lugar de seus dirigentes no auge da comoção nacional em torno das mortes causadas pela queda do avião da Chapecoense.
Fernando Carvalho misturou estações em torno da palavra tragédia. Desculpou-se no dia seguinte. Uma mancada explicável pela confusão emocional em que o clube se meteu quando o rebaixamento foi se tornando irreversível.
Leia mais:
D'Ale se diz otimista sobre Taison no Inter: "Vamos torcer, é craque e faz a diferença"
Anderson fala sobre briga com William: "Ninguém pode meter a mão na minha cara"
Com 15 mil pessoas, Lance de Craque termina com vitória do time Solidariedade
Depois, com muito mais gravidade, Vitorio Piffero falou em campeonato incompleto, caso não houvesse a última rodada defendida pelos jogadores, abrindo brecha para se aproveitar no STJD. A imagem do Inter desabou.
Na noite desta quarta-feira, ao destinar parte da renda de seu amistoso aos familiares das vítimas da Chape e oferecer o pontapé inicial ao sobrevivente Alan Ruschel, que tocou na bola pela primeira vez depois do acidente e comoveu o país, o argentino deu aula de como pequenos gestos podem ganhar enorme repercussão positiva.
Desde que se tenha compreensão do que, de fato, importa.
D'Alessandro puxou o canto "Vamos, Vamos Chape". Já na condição de capitão do Inter, dentro do Beira-Rio, o jogo entre Solidariedade e Esperança, com Guilherme (irmão de Matheus Biteco, vitimado no voo) em campo, naturalmente ganhou mídia nacional.
Além do mais importante, que foi homenagear os que se foram e ajudar os que ficaram , D’Alessandro melhorou a imagem do Inter, que andava lá embaixo.
O capitão colorado abriu bem o seu retorno a Porto Alegre.