Pobre do Fortaleza.
No ano passado, Xavantazo.
Agora, Jaconazo, de novo diante de 63 mil pessoas, na Arena Castelão.
O Juventude está de volta à Série B com bravura e heroísmo, garantindo o 1 a 1. O goleiro Elias foi um monstro, assim como Wallacer e toda o sistema defensivo, especialmente Micael e Ruan Renato, e depois Neguete para segurar o jogo aéreo lá atrás. Hugo Almeida foi matador. O capitão Roberson puxou contra-ataques e soube tocar a bola no campo do adversário.
Cantei a pedra ao comentar, na Rádio Gaúcha, o jogo de ida no Alfredo Jaconi, aquele frustrante 0 a 0. Nada estava perdido, pelo perfil corajoso do time de Antônio Carlos, que não se retranca fora de casa.
Um gol fora e pronto. Bingo.
O Juventude saiu na frente e só se fechou quando ficou com 10 jogadores. Um prêmio ao trabalho de longo prazo do presidente Roberto Tonietto, que reconstruiu o clube pelas categorias de base com paciência budista.
E de Antônio Carlos Zago, um treinador pronto, que recusou convites da Série A (América-MG e Figueirense) para ir até o fim com um projeto sério. Ele perdeu jogadores importantes (Helder, Brenner, Itaqui, Bruno Ribeiro) ao final do Gauchão, mas remontou o time com rapidez sem perder o padrão.
Houve instabilidade natural na fase de classificação da Série C, mas aí Roberto Tonietto o segurou sem pensar em troca na casamata, apostando no projeto e no dia-a-dia.
Fim de papo, com o perdão do trocadilho: o Juventude está na Série B.
De onde, no mínimo, nunca deveria ter saído.