A queda do Grêmio era anunciada e até esperada havia meses. A segunda derrota para o Sport, em meados do ano, foi uma espécie de atestado de incompetência do clube. Depois daquele jogo, a sensação era de que parecia impossível aquele time não cair.
Pois caiu. A última rodada serviu apenas como confirmação do que estava previsto durante quase todo o campeonato. Tanto que, na noite desta quinta-feira, a torcida nem chegou a demonstrar revolta com o que aconteceu. Ficou triste, óbvio, mas conformada. Ela já sabia o que estava para vir.
E agora?
Os japoneses dizem que, na hora da crise, não se deve procurar os culpados, deve-se procurar soluções. Os japoneses estão certos. Só que a crise já passou. O campeonato terminou, o Grêmio sabe que jogará a Série B no ano que vem. O que é preciso fazer a partir dessas certezas?
Bem.
Chegou a hora de encontrar os culpados. E os culpados são os comandantes, os mesmos que usufruíram das glórias das conquistas de 2016, 17 e 18. Estou falando da direção do Grêmio. Não apenas Romildo Bolzan: toda a direção.
A atuação dos dirigentes foi bisonha, vergonhosa e, o principal, inadmissível. Um clube do tamanho do Grêmio não pode aceitar tamanho despreparo.
Por isso, urge que todos os dirigentes do Grêmio renunciem imediatamente. Antecipem as eleições, entreguem o clube para quem sabe o que fazer. Seria uma saída digna, uma autocrítica e, sobretudo, uma manifestação de humildade que não é para qualquer um. É para os grandes.