David Coimbra
Acho que neste domingo, bem no fim do inverno, peguei um vento encanado. Tinha muito medo disso, quando guri. É que os adultos contavam histórias. Uma parenta da minha avó uma vez saiu do banho quente e pegou um vento encanado. Ficou com a cara torta para o resto da vida. Uma coisa terrível, a boca virou um S deitado, ela não conseguia mais tomar sopa. E os olhos se desnivelaram, que nem os do Cerveró: um no peixe, outro no gato.
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