Grêmio e Inter foram duramente prejudicados pela arbitragem neste fim de semana. Mas também foram prejudicados por suas próprias deficiências.
No jogo de sábado (4), Felipe Melo fez falta clara em Moledo dentro da área. Era para ser pênalti para o Inter, talvez o gol de empate.
No jogo do Grêmio, no domingo, o árbitro marcou contra o Grêmio um pênalti que não foi cometido e não marcou a favor um que foi cometido. O jogo terminou 5 a 4 para o Fluminense e poderia ter sido 5 a 4 para o Grêmio.
Ainda assim, a dupla Gre-Nal mostrou muitos e graves defeitos.
O Inter melhorou quando D'Alessandro entrou, dominou o jogo, pressionou, mas não teve objetividade. Se empatasse o jogo, seria no upa-upa. Time que quer ser campeão precisa ter mais do que vontade.
O Grêmio foi pior. Foi trágico. O time vencia por 3 a 0 e parecia que faria mais três. Então, tomou um gol por relaxamento da defesa e outro numa falha bizarra do goleiro Julio César. A partir daí, cedeu terreno para o adversário. O Fluminense dominou o meio-campo e venceu todas, TODAS!, as jogadas pelo alto na área do Grêmio.
Então, os pontos fracos apareceram. Alisson corre muito e pouco ajuda. Não é o substituto ideal para Ramiro. Maicon, ótimo com a bola nos pés, sobrecarrega Matheus nas tarefas de marcação. Ele parece não ter mais força para suportar um jogo inteiro. E, no meio da área, havia só um zagueiro: Kannemann. Mas aí a culpa não é do técnico. Ele não tinha mais ninguém para escalar, simplesmente porque a direção não contrata zagueiro. A derrota do Grêmio, a segunda dentro de casa, foi a derrota da desatenção: desatenção do goleiro, na hora do jogo, e desatenção da direção, antes do jogo.