Construído na primeira metade do século 20, o Cais Mauá é um dos maiores ícones da capital gaúcha. Em 1983, o local foi tombado pelo patrimônio público.
Localizado às margens do lago, o local é cobiçado por empresas e organizações de ativistas que se opõem às concessões.
Para além da polêmica, o governo resolveu, em 2020, fazer um teste. Concedeu uma área de 19 mil metros quadrados a uma empresa privada para a exploração do local. Ali foram instalados bares, restaurantes e parques. Até uma marina foi construída possibilitando que lanchas e barcos de pequeno porte atracassem no local. Em maio de 2021, nasceu o Cais Embarcadero.
O contraste entre o novo e o velho, entre a parte aproveitável e a outra que caía aos pedaços, com suas estruturas francesas enferrujando, deixou ainda mais gritante a urgência de uma reforma do cais. Dada sua localização, o novo cais que estava prestes a completar três anos foi engolfado pela força das águas. E a enchente arrasou negócios, e o nível da água chegou 1m70cm, causando prejuízo estimado em R$ 7 milhões.
Depois de seis meses fechado, o Embarcadero reabre nesta semana. A empresa ganhou, em troca, mais cinco anos de concessão que venceria em 2026. Desta forma, se devolve aos gaúchos um símbolo da Porto Alegre do século 21.