Sexta-feira, 28 de abril, véspera de feriadão, meio-dia, em plena Avenida Ipiranga, trânsito lentíssimo. Normal para um fim de dia que antecede o fim de semana na capital gaúcha. Movimento acima da média ou acidente? Pacientemente, o deslocamento é feito por mais de 15 minutos. Quando, finalmente, se chega no ponto que motiva o congestionamento, era apenas um carro, cujo motorista parou em local proibido, sequer ligou o pisca alerta e, cômodo pra ele, encontrou um lugar para parar.
Nenhuma orientação para os demais condutores. Nem mesmo um aplicativo te orienta nesta hora, ele não pode prever que alguém vai simplesmente parar onde quiser sem se preocupar com a fluidez da avenida.
Logo em seguida, numa rua onde, se parar, tranca tudo, a Ramiro Barcelos, um motorista de caminhão resolve parar no meio da rua e fazer uma descarga. O abastecimento é fundamental, mas o motorista se pergunta: por que não fazer em horário determinado e não perto do meio do dia, em horário de grande movimento?
Pelo rádio, vem a informação de que sinaleiras estão desligadas no bairro Santana. Quinze minutos depois, os cruzamentos eram verdadeiras roletas-russas, e os condutores não tinham nenhuma orientação. Infelizmente, não é possível esperar bom senso de alguns motoristas em momentos de crise, eles precisam ser orientados pela fiscalização do trânsito.
Para concluir o curto trajeto de apenas 10 quilômetros, na subida de um morro, um veículo, pelo escapamento, lança uma nuvem de fumaça preta. A lufada indica que, claro, o veículo está desregulado e desfila pelas ruas da cidade.
A ausência de fiscalização das regras de trânsito faz muita gente desistir de enfrentar essa maluquice. Além da fiscalização, falta bom senso a alguns motoristas que não se importam com o conjunto. O desdém é muito decepcionante. Para estes, só uma boa autuação.