O investimento em educação pública no Brasil acontece pelo viés errado. GZH noticiou recentemente que alunos do 3º ano do Ensino Médio estão deixando a escola com nível de matemática de 7ª série. Estamos formando uma geração de pessoas incapazes. Imagina esse contingente no mercado de trabalho? E quanto dinheiro gasto pra nada.
Mas as propostas mirabolantes do Ministério da Educação são sempre para a ponta de cima da cadeia, o Ensino Superior. Ministro e ex-ministros se gabam de terem criado vagas no Ensino Superior. E o Ensino Fundamental?
Cá estamos discutindo as cotas em universidades públicas – a lei fez 10 anos nesta semana – que, sem dúvida, foi um avanço. Mas nos acostumamos a falar sobre essa ponta de cima, a porta da saída do sistema de educação, sem nos preocuparmos com a ponta de baixo, que é a que forma a base.
Está posta a campanha eleitoral em que nenhum candidato ou candidata fala em educação de base. Claro, não dá muito voto. Até agora só deu para ouvir promessas ao vento para melhorar a condição estrutural das escolas. Isso é importante, mas mais importante é saber como preparar o aluno para ser um profissional no futuro.
Se alunos da rede privada chegam ao final da escola brigando por uma vaga na universidade, o que sobra para o aluno da escola pública que passa 12 anos padecendo numa escola que ensina mal? Pais evitam o ensino público por ser precário demais, e isso precisa mudar quando políticos entenderem onde e como investir o dinheiro público da educação.