Após oito regiões receberem o alerta de agravamento da pandemia, se projeta sobre o Rio Grande do Sul uma nova onda de casos e o risco de retorno da superlotação de postos de saúde e hospitais, apesar da vacinação de uma parte da população. Por enquanto, são oito, mas a tendência é de que mais áreas sigam o mesmo caminho.
Chama a atenção a velocidade e a diversidade das regiões: de Cachoeira do Sul a Uruguaiana, de Santa Rosa e Palmeira das Missões a Passo Fundo. Pela experiência das ondas anteriores, é uma questão de tempo para outros locais do Estado subirem de patamar de gravidade.
O que levou ao novo recrudescimento da pandemia?
A explicação está, mais uma vez, no comportamento de uma parcela da população. A diferença agora é de que o avanço da vacinação pode ter criado uma falsa sensação de que pandemia ficou para trás. E não é assim.
Em Porto Alegre, por exemplo, acabamos de passar dos 40% da população acima dos 18 anos que receberam a primeira dose. Avançamos, mas ainda não é um percentual que permita o relaxamento coletivo das medidas essenciais, como uso de máscara, distanciamento entre pessoas e manutenção de locais arejados.
Nos Estados Unidos, por exemplo, 38% da população está vacinada com duas doses. Em alguns Estados, o índice chega a 70%. É diferente, e o governo federal até derrubou a necessidade de máscara em local aberto para os vacinados.
O enfrentamento à pandemia, mais do que nunca, depende de atitudes individuais para superarmos uma crise que, sabemos, vai acabar em breve.