O prefeito Nelson Marchezan ganhou uma primeira batalha na Justiça contra o processo de impeachment que tramita na Câmara Municipal. No final da manhã desta terça-feira (1º), o juiz Cristiano Vilhalba Flores, da Terceira Vara da Fazenda Pública da Capital, decidiu suspender, em caráter liminar, a tramitação do impeachment a pedido da defesa do prefeito.
A alegação é de que o rito que previa a defesa de Marchezan na comissão processante foi atropelado pelos vereadores. No pedido de suspensão, são enumerados fatos que indicam que houve clara aceleração do pedido de impeachment em detrimento de outros projetos que trancavam a pauta da Câmara.
Em sessão no dia 5 de agosto, os vereadores decidiram por maioria admitir a tramitação do pedido de impeachment. Na mesma época, a Câmara tinha projetos com urgência não votados, que trancavam regimentalmente a pauta e foram deixados de lado para que os vereadores dessem atenção à cassação do prefeito.
Outra alegação considerada pela Justiça para trancar o impeachment é o cerceamento da defesa. O advogado do prefeito, Rogér Fischer, foi impedido de falar na sessão da comissão processante. Chamado ao plenário, Fischer pediu a palavra para sustentar a defesa e foi informado que não haveria espaço, o que acabou gerando até uma nota de repúdio da OAB/RS.
Com a decisão, o processo fica suspenso até o julgamento do mérito da ação, que ainda não tem data marcada. A defesa também pede que o processo retorne à estaca zero, ou seja, que a admissibilidade seja apreciada novamente.