Aos poucos, com o avanço da pandemia e o prolongamento da crise, a adesão ao modelo de distanciamento controlado começa a perder apoio até mesmo de prefeitos aliados do governador Eduardo Leite e que se mantiveram, desde o início, fieis à fórmula elaborada pelo Estado.
O mais recente descontentamento com o modelo vem do prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal (PP). Assim que foi divulgada a permanência da região na bandeira vermelha, Pascoal fez manifestação para atacar a decisão. O inconformismo do prefeito é com o fato de outras regiões do Estado que, segundo ele, estão com índices piores do que os de Esteio, tiveram recursos aceitos pelo governo e voltaram à bandeira laranja. Pascoal, aliado do governo, disparou:
"A decisão do modelo deu lugar à política. A região está pagando um preço para não 'constranger' Porto Alegre. Isso é inadmissível", disse ele, em mensagem pelo Twitter.
Ainda na noite de segunda-feira (3), o prefeito de Esteio assinou decreto municipal impondo o modelo de restrição de bandeira laranja para a cidade, apesar de a região estar ainda sob bandeira vermelha. Isso significa que, na manhã desta terça-feira (4), o comércio e os serviços estarão liberados desde que respeitem protocolos de saúde.
Em Novo Hamburgo, apesar da bandeira vermelha, a prefeita, Fátima Daudt (PSDB ) também assinou decreto liberando o comércio não essencial a partir desta terça.