Uma crise que tinha potencial para acabar com a campanha de Yeda Crusius para o governo do RS em 2006 deu início a uma nova relação entre ela e seus correligionários.
— Cada vez que há uma crise, abre-se uma oportunidade. Tomei uma decisão: demiti o marqueteiro e retirei a exigência, feita pelo candidato a vice, de que ele seria o único arrecadador. Ali iniciou-se a onda que me levou a ganhar aquela eleição. A demissão foi pública. Muita gente disse: “Acabou a campanha da Yeda”. Não: ali começou a campanha da Yeda. Porque, ao ser perguntada sobre quem ia ser o marqueteiro, eu respondia: “Eu e a minha equipe”.
Beneficiada pelo "voto útil" que a levou para o segundo turno contra Olívio Dutra, Yeda saiu da terceira posição nas pesquisas para o Piratini. O objetivo da sua campanha era claro: cumprir o programa de governo e ser transparente.
— Você não morre sem um marqueteiro numa campanha majoritária, quando tem um programa escrito. O eleitor quer pessoas, no Executivo e no Legislativo, que tenham opinião, que enfrentem as dificuldades e que digam como sair da crise. Foi como uma onda. Já no primeiro Turno eu dizia: “Se a gente não errar, temos tudo para ganhar”.
No penúltimo episódio do podcast Memória Eleitoral, com governadores eleitos do Estado, entrevistamos Yeda Crusius, que venceu o pleito e governou o Estado entre 2007 e 2010.
Outros episódios:
"Era preciso uma pacificação"
"Eu guardo um diário"
"Havia uma esperança muito consolidada de vencer"
"O voto é tua única arma, põe o teu voto na mão"
"Eu fiz uma campanha completamente emocionado, abatido"
"Simon era o favorito"