No início de 1986, o telefone tocou na casa de Pedro Simon, então o principal nome do PMDB no Estado. Do outro da linha, um colega de partido anunciava, sem abertura para negar o convite:
— Tu serás o candidato ao Piratini!
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Fazia praticamente um mês que Simon não saia de casa. Era a dificuldade para superar o luto pela perda do filho, Matheus — em um acidente de trânsito, em 1984 — e da mulher, Tânia, meses mais tarde.
Simon tinha todas as credenciais políticas: senador, foi uma das figuras centrais do movimento das Diretas; esteve ao lado de Tancredo Neves, eleito presidente da República em 1985, até a morte. Além disso, era o ministro da Agricultura do governo Sarney.
Simon assumiu uma campanha difícil, na qual o principal opositor era Aldo Pinto, da coligação Aliança Popular pelo Rio Grande, que uniu o PDT de Brizola ao PDS. Aquela também foi a campanha marcada pelos primeiros debates entre candidatos depois da ditadura. Neste episódio do programa Memória Eleitoral, Simon relembra os momentos marcantes daquela eleição.