Claudia Laitano
Poucas cenas na história do cinema são tão imediatamente reconhecíveis por espectadores de todas as idades quanto o sutil toque de dedos no final de E.T.: O Extraterrestre(1982). Se a referência imediata da imagem, o afresco A Criação de Adão, de Michelangelo, encena a aproximação possível entre um criador onipotente e sua imperfeita criatura, a amizade do menino Elliot com o E.T. não pressupõe a superioridade de um sobre o outro. Pelo contrário. No mundo encantado de Steven Spielberg, humanos e extraterrestres compartilham mais do que um mesmo universo. Como seu amigo terráqueo, o E.T. também tem parentes, amigos e uma casa para onde gostaria de voltar. E se não são tão diferentes assim, por que deveriam ter medo um do outro ou mesmo se odiar?
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