O cabeludo ainda vai matar a saudade das melenas de Falcão e de Batista ou, mais recentemente, de Fernandão e Perdigão. Ainda veremos soltando os cabelos em comemoração de seus gols.
Ele não pode ser julgado por vinte minutos em campo contra o Avaí. Errou passes porque ama o Inter, porque sentiu o nervosismo - e só sente nervosismo aquele que se importa com o clube.
Se ele estivesse nem aí, poderia ter atuado melhor. Mas não jogaria com o coração. E dependemos de atletas cardíacos, sanguíneos, dispostos a grandes batalhas.
Foram dez anos de trabalho até subir da base. De repente, o jovem de 20 anos está ao lado de seus ídolos como Taison. Não dá para cair na realidade sem choque.
Para nós, era a quarta rodada do Brasileiro. Para ele, era toda a sua vida.
Nem estou pedindo paciência para torcida colorada. Mas paz para que ele se veja como essencial, como parte da engrenagem do time.
Ele é da família, tem talento, tem magia, demonstrou liderança nos títulos sub-20 e na Copa de São Paulo de Futebol Júnior, apenas falta confiança. Energia que podemos municiá-lo das arquibancadas.