Dos anúncios feitos pelo governo federal, o mais importante é o que diz respeito a moradias para famílias atingidas pela enchente de maio. O ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, falou mais de uma vez que duas mil casas estariam disponíveis até o fim de julho.
De fato, há imóveis já adquiridos, mas eles não serão repassados, ao menos não neste número, agora. A explicação é simples: os dados dos beneficiados têm de ser enviados pelas prefeituras. Mais do que isso, são informações precisas, sem qualquer erro ou inconsistência. Para evitar fraudes e aproveitadores, esse é um passo crucial. As prefeituras não podem enviar pedidos com endereços que não sejam exatos, com nomes errados, sem o CEP.
Há casos de pedido de casa para pessoas que não foram inscritas para receber o Auxílio Reconstrução, por exemplo, o que gera um alerta aos ministérios, que fazem a checagem dos dados. Por isso até agora somente 431 residências estão em trâmites burocráticos para serem liberadas a quem precisa.