Um dos mundiais mais aguardados do ano, o Campeonato Mundial de Atletismo, começa nesta sexta-feira (15), na tradicional pista do Hayward Field, em Eugene, no estado americano do Oregon. O Brasil terá 58 atletas - 23 no feminino e 35 no masculino - mas a grande maioria não entrará como candidato ao pódio ou sequer a disputar uma final.
Em casa, os Estados Unidos devem liderar o quadro de medalhas mais uma vez, assim como ocorreu em 13 das 15 últimas edições da competição, que terá grandes nomes buscando afirmação. Sem dúvida, o maior deles será o sueco Armand Duplantis, que tem tudo para voltar a quebrar o recorde mundial do salto com vara mais uma vez.
Na prova de Mondo Duplantis, está uma das apostas brasileiras para o pódio, o campeão olímpico no Rio-2016 e bronze em Tóquio, Thiago Braz. Além dele, Darlan Romani no arremesso de peso, é outro com claras chances de pódio, assim como o marchador Caio Bonfim.
Mas o principal nome do Brasil é Alison dos Santos, o fenômeno dos 400m com barreiras, que esteve no pódio em Tóquio e que nesta temporada tem dominado as principais competições. Pio é quem tem as melhores chances de conquistar a segunda medalha de ouro brasileira na história do Mundial.
Os demais brasileiros vão lutar por estar nas finais e quem sabe surpreender. Nesta listã estão a velocista Vitória Rosa, os barreiristas Rafael Pereira e Gabriel Constantino, o triplista Almir Júnior e o maratonista Daniel do Nascimento.
Modalidade extremamente tradicional e que já deu ao Brasil grandes conquistas com nomes históricos como Adhemar Ferreira da Silva, João do Pulo, Joaquim Cruz e Maurren Maggi, por exemplo, o atletismo vive um momento de renascimento aqui no país.
Para que se tenha uma ideia, no último Mundial disputado em 2019, em Doha, nenhuma medalha foi conquistada e a delegação brasileira obteve três quarto lugares, um quinto, um sexto, um sétimo e um oitavo, além de outras duas finais em provas de campo.
Já nos Jogos Olímpicos de Tóquio, foram duas medalhas de bronze (Alison dos Santos e Thiago Braz), além de outros dois finalistas: Darlan Romani, quarto colocado no arremesso do peso, e Izabela Rodrigues da Silva, 11º lugar no lançamento do disco.
Além da importância do próprio Mundial está o planejamento para os Jogos de Paris-2024 e competições como essas são fundamentais para que se possa medir o grau de competitividade dos nossos atletas, mesmo que as medalhas não cheguem em profusão, como não devem chegar.
Mas além de torcer para um bom desempenho dos brasileiros, acompanhar o campeonato será mais uma oportunidade de observar as estrelas do esporte buscando superar os próprios limites.