Zezé Di Camargo traz a Porto Alegre a turnê Rústico, seu aclamado projeto solo, que é sinônimo do estilo de vida que o cantor e compositor sertanejo escolheu para si desde o começo da pandemia, em 2020. O show, com direção de Emmanoel Camargo, empresário e irmão do artista, tem percorrido o Brasil e chega ao Auditório Araújo Vianna, neste domingo (27), a partir das 20h.
No repertório, canções do projeto solo de Zezé, como Banalizaram, Pedras, Te Vi, Bebi, Fraude, 35 Latas de Cerveja e Vou Ter que Tomar Uma, além de hits da dupla com o irmão Luciano, como É o Amor, Muda de Vida, Dois Corações, Pão de Mel e Flores em Vida, entre outros.
Neste bate-papo, Zezé fala sobre se dividir entre dois projetos, o solo e com a dupla, a chegada da filha caçula, Clara, fruto de seu casamento com Graciele Lacerda, e como pretende homenagear o povo gaúcho neste domingo. Confira!
A turnê Rústico vem rodando o país, e você já comentou em entrevistas anteriores que o número de shows aumentou nos últimos meses. Como tem sido esse retorno do público ao seu projeto solo?
O que eu digo sempre é que o público aumentou, porque aumentou o número de shows, há a opção de as pessoas verem um trabalho diferente. No caso do Rústico, apesar de cantar grandes clássicos da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, também tenho um trabalho diferente, que eu faço solo. O público aumentou e, com certeza, consideravelmente, o número de shows. E estou curtindo muito isso, porque eu amo cantar, amo viajar, amo estar na estrada, é a minha vida, né? O palco é a minha vida, então tem sido maravilhoso para mim.
Os shows da dupla com Luciano seguem paralelamente aos da sua turnê solo. Como administra essa rotina?
O show da dupla continua, a gente divide a agenda na verdade, né? A gente faz 50% da dupla, 50% do Rústico. É muito fácil resolver isso, porque o repertório repete muitas músicas. Eu não deixo de cantar os clássicos, que eu construí durante esses anos todos ao lado do meu irmão, e as músicas novas. Então, fica muito tranquilo. São duas bandas diferentes: tem a minha banda, do Rústico, e tem a banda de Zezé Di Camargo & Luciano, quer dizer, não confunde as equipes. Dá para viajar tranquilo, dá para fazer tranquilo Zezé Di Camargo & Luciano ao lado do Rústico. Esses dias mesmo, eu fiz dois shows numa noite só. Cantei, em Belo Horizonte (MG), com o Luciano, no show Histórias. Um show que a gente faz em estádio de futebol. E, mais tarde, peguei o jatinho e viajei para Patos de Minas. Fiz o show na abertura da Fenamilho, que é uma feira muito famosa por lá, fiz o Rústico sozinho. Dá para conciliar as duas coisas tranquilamente.
A família está prestes a aumentar. Pretende diminuir o ritmo de trabalho quando a nova herdeira nascer? (Zezé já é pai de Wanessa, Igor e Camilla, seus filhos com Zilu Godói, e, agora, está à espera de Clara, fruto do casamento com Graciele Lacerda, que deve nascer em janeiro)
É um momento muito feliz que a gente está vivendo. Recebendo mais um filho na família. Aliás, mais uma filha, né? A Clarinha, a Clara. Com certeza, é um presente que Deus nos dá, a gente tem que receber com muito carinho. Eu penso o contrário: acho que, quando a família está aumentando, ao invés de diminuir o trabalho, tem que trabalhar mais. Mais bocas para comer, mais gente para cuidar, tem que ganhar mais, o trabalho tem que aumentar (risos). E como eu gosto de trabalhar, me faz muito bem estar na ativa, me faz muito bem estar correndo para lá e para cá, vendo as coisas acontecerem. Eu sou uma pessoa que gosta muito de desafios, né? De ver coisas novas, de correr atrás de coisas inusitadas que não aconteceram ainda. Isso, para mim, é maravilhoso. Então, filha nova, carreira praticamente nova: um recomeço, vamos dizer assim, de uma coisa que eu tinha vontade de fazer já há algum tempo, que é cantar sozinho. Fazer um disco, um trabalho sozinho, um DVD sozinho. Já estou partindo para o segundo DVD. Então, com certeza, isso me dá muito mais energia, muito mais alegria. Eu acho que o homem é assim, o homem não pode parar de produzir, parar nunca de sonhar. Acho que a vida da gente tem que estar ativa o tempo todo. O ser humano precisa disso. Eu preciso disso. Preciso muito dessa atividade constante na minha vida.
Pretende incluir alguma música gaúcha no repertório que apresentará, neste domingo, em Porto Alegre?
Sempre que a gente canta no Rio Grande do Sul, canta alguma coisa em homenagem ao Rio Grande do Sul, por ser um Estado muito tradicionalista. É um povo que tem muito orgulho da sua origem, de onde veio. A gente brinca que o gaúcho é dos pampas em qualquer lugar do mundo: faz questão de dizer que é gaúcho, tem orgulho da sua terra, do seu lugar, de onde veio, da sua origem. Então a gente sempre homenageia. E uma das músicas que a gente sempre canta, pelo menos um pedacinho, é Querência Amada, que, para mim, é o segundo hino do Rio Grande do Sul, com certeza.
Serviço
- O quê: show Rústico, de Zezé Di Camargo
- Quando: dia 27 de outubro, a partir das 20h
- Onde: Auditório Araújo Vianna (Avenida Osvaldo Aranha, 685), em Porto Alegre
- Quanto: ingressos a partir de R$ 150, disponíveis em sympla.com.br