Eu não sabia que estava com saudade das crônicas esportivas de Tadeu Schmidt até voltar a acompanhá-lo em Central Olímpica, programa que faz um resumo bem-humorado do dia na Olimpíada, contando histórias e curiosidades de Paris, de 26 de julho a 11 de agosto.
Depois de três anos no comando do Big Brother Brasil, atração para a qual deve retornar em 2025, Tadeu mostra carisma e perfeita interação com a ex-jogadora de vôlei Fernanda Garay, que divide com ele a apresentação do boletim olímpico da Globo, que vai ao ar após a novela Renascer.
O retorno triunfante — e, até o momento, temporário — do jornalista à cobertura esportiva, nos Jogos de Paris, brinda o público diariamente com emocionantes narrações sobre os principais fatos do dia olímpico, mas sempre com um toque de humor, que nos faz sentir uma baita nostalgia da época em que Tadeu apresentava o quadro Gols do Fantástico, ao lado dos famosos cavalinhos do Brasileirão (ele permaneceu 14 anos no dominical). O exemplo perfeito disso ocorreu na segunda-feira (29), quando Gabriel Medina conquistou a vaga para as quartas de final do surfe, em Teahupo'o, no Taiti.
— Homem e prancha em perfeita simetria, uma obra de arte pintada pelo acaso, desafiando as leis da gravidade. Gabriel Medida, antológico. E foi assim que o Medina acabou com essa história de a gente ficar perdendo tudo pro Japão — narrou Tadeu na abertura de Central Olímpica.
Na terça-feira (30), confesso, a crônica de Tadeu — junto com a entonação magistral — sobre a conquista brasileira da medalha de bronze na ginástica por equipes me levou às lágrimas:
— As passadas (de Rebeca Andrade) carregam junto a história da Flávia, da Júlia, da Lorrane, da Jade. É o ato final de um dia em que cada uma deu a sua contribuição. É o ponto final de uma equipe.
Que o fim de Central Olímpica, em 11 de agosto, represente apenas um "até breve" de Tadeu à cobertura do esporte. Nada como acompanhar um mestre em ação e muito à vontade com o que faz.