Depois do sucesso da temporada da estreia, que rolou em agosto de 2023, o monólogo O Espantalho, protagonizado pelo ator gaúcho Werner Schünemann, 64 anos, retorna ao Theatro São Pedro para única apresentação. Dirigida por Bob Bahlis, a peça, que relata uma jornada sentimental em meio a escolhas difíceis que envolvem pais e filhos, poderá ser conferida nesta quinta-feira (25), às 20h, dentro da programação do Porto Verão Alegre.
Os ingressos estão à venda em portoveraoalegre.com.br. Reforçando a boa fase profissional, Werner está gravando a novela Dona Beja, no Rio de Janeiro, e vem a Porto Alegre exclusivamente para se apresentar no Porto Verão pela primeira vez.
Monólogo no teatro
Em O Espantalho, Werner interpreta um ator bem-sucedido, que vai ao sítio do pai jogar as suas cinzas. Ao chegar à horta cultivada pelo patriarca, ele depara com um espantalho e caixas de madeiras com objetos pessoais, que revelam vestígios de sua vida e de suas relações. O personagem faz um exercício de recriação de sua memória, debruçando-se sobre a complexa relação estabelecida com o pai e reflete ainda sobre a alma masculina e a finitude humana.
— A estreia nacional de O Espantalho foi em Porto Alegre, no Theatro São Pedro, foi um grande sucesso. Por isso, é tão gratificante retornar ao São Pedro, agora, dentro desse maravilhoso festival que é o Porto Verão Alegre. Esse retorno é para reencontrar o público de Porto Alegre, para reencontrar aquela emoção tão grande e bonita que foi a estreia — afirma Werner, que se faz sua estreia no evento:
— Sempre tive muita admiração pelo Zé Victor Castiel, pelo Rogério Beretta e por esse produto que eles conseguiram construir, que é o Porto Verão Alegre. Sempre se achou, durante décadas, que não haveria público durante o verão em Porto Alegre. Porque, entre aspas, todo mundo estaria na praia. E não é assim. Milhões de pessoas ficam em Porto Alegre, na Região Metropolitana. E o Porto Verão Alegre é uma excelente alternativa de lazer, de teatro, de cultura. Cada ano, está melhor. Cada ano, é mais diversificado, mais instigante. Para mim, é uma honra participar do Porto Verão Alegre pela primeira vez, porque as peças que eu tenho feito nesse tempo todo, desde que eu fui para o Rio, não chegam a passar por aqui. Elas ficam em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Nordeste, mas não chegam a vir para o Sul por razões quaisquer, de produção e tal. Então, estou feliz de participar do Porto Verão.
Novela no streaming
Às voltas com as gravações da novela Dona Beja, produção da plataforma de streaming HBO Max, no Rio de Janeiro, Werner detalha seu papel no folhetim, que será uma adaptação de dois livros: Dona Beja — A Feiticeira do Araxá, de Thomas Othon Leonardos (1906 – 1990), e A Vida em Flor de Dona Beja, de Agripa Vasconcelos (1896 – 1969). O enredo é baseado na vida de Ana Jacinta de São José, mulher que existiu na vida real e escandalizou a sociedade ao fundar um bordel e se prostituir. Dona Beja já ganhou uma versão para a telinha, em 1986, na extinta TV Manchete. Maitê Proença interpretou a personagem. Agora, no streaming, será protagonizada por Grazi Massafera.
— Em Dona Beja, eu faço o Coronel Botelho, que é meio dono da cidade, o grande latifundiário, dono de muitas terras e de pessoas. Estamos falando de 1820. É um personagem, em vários momentos, muito desagradável, mas, ao mesmo tempo, a novela tem um tom leve, de picardia, bem-humorada. Então, essa coisa desagradável do Coronel Botelho acaba tendo uma abordagem levemente divertida. É muito legal fazer o personagem. E a novela está muito bonita, está sendo feita como se fosse uma série, com os cuidados de cinema, a gravação é toda perfeccionista. Estou muito satisfeito com o produto. E estou trabalhando com colegas que eu adoro, o Otávio Muller, o Tuca Andrada, o David Júnior, que faz um dos papéis principais (interpreta Antônio Sampaio, par romântico de Beja), a própria Grazi, que faz a Beja. A novela vai ser muito bonita e muito escandalosa. Podem ter certeza de que vai — detalha Werner.