Com o contrato emergencial para elaboração do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) assinado nesta quarta-feira, abre-se o prazo para que a empresa habilitada comece a trabalhar para a liberação do parque Assis Brasil, em Esteio, a tempo da 38ª Expointer. Vitrine do agronegócio gaúcho, a feira foi oficialmente lançada no Palácio Piratini, com a presença do governador José Ivo Sartori, recém-chegado de Brasília. Diante do atual cenário, política e econômia não passaram ao largo da cerimônia.
- Manter esse evento já é uma forma de desafiar o amanhã - avaliou Sartori, que usou até o poema Tarefa, de Geir Campos, para fazer analogia à crise.
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Sobre os negócios, o secretário da Agricultura, Ernani Polo afirma que chegar a R$ 2 bilhões - em 2014, foram R$ 2,72 bilhões - já seria um bom resultado.
- É evidente que as vendas não serão tão boas. O país atravessa uma crise - ponderou Claudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado.
Na avaliação do presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado, Francisco Schardong, 2015 será de transição:
- É um cenário muito diferente de 2014. Vai trazer para o palco o tema da gestão.
A Agricultura garante que a recomposição das estruturas danificadas por temporal em dezembro do ano passado estará concluída até a próxima semana. Obras de maior fôlego ficarão para o próximo ano, quando a parceria público-privada fechada com a Bolognesi já precisará dar resultados - o prazo para a construção do dique é de um ano.
Diante de tantas variáveis, a melhor comparação para descrever o espírito da feira talvez tenha sido feita por Bier:
- A Expointer é mais ou menos como quando um circo chega à cidade, com caixas e equipamentos sendo montados. Dali dois, três dias, é aquele espetáculo maravilhoso.
Como no caso do circo, será preciso pedir uma forcinha a São Pedro, para que a chuva - uma das marcas da exposição - não venha em excesso.