Ainda em busca de revisão do preço mínimo do arroz para a safra 2015-2016, representantes de entidades e políticos encheram uma sala do Ministério da Agricultura, em Brasília, para reunião com a titular da pasta, Kátia Abreu. Saíram de lá de mãos meio cheias, meio vazias. Por ora, o preço segue em R$ 29,67 a saca de 50 quilos.
Grupo de trabalho, no entanto, se reunirá - a data ainda não foi definida - para tratar o tema de forma mais detalhada.
- A ministra não ratificou o preço e disse que há espaço para diálogo. Acredito muito mais na próxima reunião - afirma Henrique Dornelles, presidente da Federarroz-RS.
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As tabelas dos custos de produção - calculados pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e que servem de referência para definição do preço mínimo - são alvo de questionamentos por parte da Federarroz. Os valores apresentados foram debatidos anteriormente em audiência pública, com a presença da ministra, em Porto Alegre.
A tentativa de levar a uma revisão vai agora para um terceiro tempo.
- Precisamos definir isso, para dar segurança ao produtor. Os aumentos de custos estão comprometendo a renda, a atividade - completa Dornelles.
O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, afirma que Kátia se comprometeu, ainda, a tratar pessoalmente da prorrogação dos financiamentos de custeio da safra passada - já autorizada, mas que estaria custando a sair na prática.
Com tanta gente para falar, houve pouco espaço,nesta terça-feira, para detalhamento de outra proposta, a de desoneração tributária da produção. Mas esse é um passo mais adiante. Primeiro, é preciso bater o martelo sobre o preço mínimo do arroz.