Enquanto algumas cooperativas agrícolas enfrentam dificuldades financeiras no Rio Grande do Sul, a Cotrijal planeja concluir em dezembro deste ano uma nova unidade de beneficiamento de sementes - capaz de receber 600 mil sacas de soja, trigo e aveia.
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O investimento será consolidado após a cooperativa alcançar faturamento recorde em 2014: R$ 1,37 bilhão.
- Estamos expandindo os negócios com os pés no chão - garante Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, fundada há 57 anos por um grupo de 11 produtores rurais da antiga Associação Rural de Não-Me-Toque.
Os recursos para a obra, no limite entre Não-Me-Toque e Carazinho, virão de financiamento de R$ 55 milhões via Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A previsão é de que a unidade entre em operação em janeiro de 2016 e seja capaz de receber sementes na próxima safra de verão.
O bom andamento dos negócios da Cotrijal é atribuído por Mânica a uma gestão profissionalizada, com foco no desenvolvimento do agronegócio.
Foi com a ideia de criar uma feira profissional que a Expodireto Cotrijal nasceu em 2000, voltada exclusivamente para produtores rurais, indústrias e pessoas ligadas ao setor. O evento não permite a venda de bebida alcoólica nem shows e ocorre sempre de segunda a sexta-feira.
- A Expodireto é feita para trazer benefícios aos produtores, oferecendo tecnologia e informação para alcance de maior produtividade no campo - destaca Enio Schroeder, vice-presidente da Cotrijal, que atualmente tem 5,5 mil sócios e emprega diretamente 1,3 mil pessoas.
Os cinco dias de feiras servem apenas como uma amostra do que se busca ao longo do ano: tecnologias para conseguir obter rendimentos cada vez maiores.
Mais de 80 sacas de soja por hectare
Há 15 anos, quando a agricultura de precisão engatinhava no país, um projeto desenvolvido com apoio da Cotrijal projetou a região como pioneira no uso de ferramentas de gerenciamento. Nos últimos cinco anos, os associados tiveram produtividade 30% maior do que a média estadual.
Associado da Cotrijal, o produtor Clovis Birck, 43 anos, começou a investir em agricultura de precisão há dois anos. Na safra 2013/2014, conquistou o 10º lugar no Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Safra, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), ao colher 80,3 sacas por hectare em área de 10 hectares. Neste ano, ampliou a agricultura de precisão para 80 hectares.
- Investir em agricultura de precisão é mais caro, mas sempre compensa - afirma o agricultor.