Uma tecnologia promete melhorar a qualidade da água captada para abastecimento da população no Lago Dourado, em Santa Cruz do Sul. A iniciativa, liderada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), envolve a instalação de um equipamento de ultrassom, importado dos Estados Unidos, para combater a proliferação de algas.
O problema é comum nos meses de verão, quando as temperaturas sobem e a falta de chuva favorece o crescimento desses microrganismos.
Eles comprometem a qualidade da água, alterando o sabor e o odor. Além disso, exigem tratamentos mais intensivos com produtos químicos para garantir a potabilidade.
Os dispositivos, que flutuarão no lago, emitirão ondas ultrassônicas capazes de inibir o desenvolvimento das algas. O uso da tecnologia também deve reduzir a turbidez, outro fator que impacta a qualidade do abastecimento. Segundo a Corsan, o investimento na tecnologia foi de R$ 2 milhões.
— Essa é uma medida preventiva e sustentável, que trará benefícios diretos para os moradores de Santa Cruz do Sul — afirma João Corim, gestor de relações institucionais da Regional Centro da Corsan.
Treinamento
Para garantir a operação correta do sistema, técnicos da Corsan passaram por treinamento especializado oferecido pela Water IQ, empresa que fabrica o equipamento. A expectativa é que os primeiros resultados positivos sejam observados em até quatro semanas.
O sistema deve operar até abril, quando ocorre naturalmente uma queda na proliferação de algas.