O sul do Brasil terá, nos próximos dias, um período de temperatura mais elevada do que o habitual para a época, além de tempo seco ou de pouca chuva. É o chamado veranico, que neste ano não ocorre em maio - quando já é aguardado por muitos gaúchos -, mas em junho.
Esse fenômeno não se configura como onda de calor, pois ocorre em uma época em que geralmente a temperatura é mais baixa. Ou seja, mesmo com a elevação, os picos não atingirão índices como os de onda de calor, quando o aquecimento é tamanho que chega a se tornar perigoso para a saúde.
De 5 a 14 de junho, o veranico atinge todo o Estado e as temperaturas ficam elevadas principalmente à tarde. Para esta quarta-feira (5), na Região Metropolitana, incluindo Porto Alegre, no Norte, na Serra, no Centro e no Oeste, a previsão é de pancadas isoladas de chuva à tarde. Para a Campanha e o Sul, condição será de maior nebulosidade e a chuva será mais intensa e distribuída ao longo do dia.
Neste começo de mês de junho, um bloqueio atmosférico vai se estabelecer no centro-leste do país e dificultar o avanço dos sistemas pelo Rio Grande do Sul também. O fenômeno vai inibir a chegada de novas frentes frias, provocando tempo quente e seco em parte do centro-sul do Brasil.
A frente fria até consegue passar, mas de forma bem afastada da costa, por isso não influencia o território gaúcho. Dessa forma, a alta pressão terá um posicionamento mais ao sul, o que vai dificultar a entrada de chuva sobre o Estado.
A temperatura vai subir por conta da massa de ar seco, associada ao sistema de alta pressão na média troposfera, que vai dificultar o avanço dos sistemas. O inverno começa em 21 junho, quando, ao que tudo indica, a temperatura de veranico já não deve ser registrada nos termômetros gaúchos.