A chuva que volta a Porto Alegre a partir desta quarta-feira (8) deve somar até domingo (12) 125 milímetros, superando a média para um mês de maio, de 113 milímetros, registrada de 1991 a 2020, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O órgão também afirma que os 12 primeiros dias de maio deste ano devem acumular 333,1 milímetros, quase três vezes a média do mês.
A média climatológica é contabilizada com dados de 1991 a 2020, sendo registrada em períodos fechados de 30 em 30 anos.
De 1º a 7 de maio, a chuva atingiu a marca de 208,1 milímetros na estação do Jardim Botânico, na Capital.
Em razão dos temporais que ocorrem há uma semana, as principais rotas de acesso e saída do Estado estão bloqueadas.
Na Capital, a água chegou a invadir a pista do aeroporto Salgado Filho, que está fechado, assim como a rodoviária. Partes da cidade estão sem água e luz, o que motivou moradores a se deslocar para o Litoral e Interior. Na manhã de terça (7), a estimativa era de que 85% da Capital estava sem acesso à água.
Frio e temporal no RS
Meteorologistas alertaram para condição de mais temporais e frio no Estado, a partir desta quarta-feira (8). Há expectativa de rajadas de ventos de até 100km/h, segundo a meteorologista da Climatempo Josélia Pegorim:
— A chuva mais volumosa está prevista novamente para o sul gaúcho, onde já choveu muito nesta terça-feira. Pode chover forte em todo o RS nesta quarta. Também pode ventar forte por causa das nuvens carregadas que se espalham pelo Estado e de um ciclone extratropical que se forma no mar, entre o Uruguai e a província de Buenos Aires, na Argentina.
Em uma manifestação à população e à imprensa, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na terça-feira que há possibilidade de fortes inundações em regiões que já foram atingidas, especialmente a Serra e o Vale do Taquari.
— Não será a hora de voltar para casa, não será hora de estar nos lugares que foram atingidos — disse Leite.